sábado, 10 de novembro de 2007

Do amor e das distâncias.

Amizade é amor mesmo, tem jeito não. E sabe, eu te amo, e te amo tanto! Meu querido, os poucos momentos em que estivemos juntos foram tão intensos e tão profundos e tão significantes que não precisaria de Cazuza, ou Teenage Fanclub, ou qualquer White Stripes pra ilustrar o encontro. Assim como não precisou. E ontem li seu mais novo depoimento no orkut pra mim e me emocionei. E escorreu uma lagriminha, confesso. Aquele final é tão lindo... "puta que amizade do caráleo... to chegando ai. em janeiro. de vez. (pula uma linha) apaga." Não apago, porque é lindo demais. Pareço um cubo de gelo às vezes, eu sei. Dá a impressão de que nada me afeta, que a pedra que sou é muito maior do que qualquer coisa que possa me ameaçar, mas não é verdade. Tenho lá minhas inseguranças também, meus medos. Eu nunca fujo, como você revelou ter fugido, mas nos momentos mais delicados de medo costumo ser omissa e me esconder debaixo de uma casca de indiferença.
Mil coisas aconteceram comigo, mas tudo o que foi é quase nada se comparado ao que está por vir. Não te conto, não conto pra ninguém, as pessoas só saberão quando a mudança já estiver se perpetuado de vez. Mas que bobeira é essa? "De vez"? Nunca nem nada é tão "de vez" assim, não dá pra ser, por mais que às vezes queremos, não é?
Eu torço tanto por você. Em Natal, em São Paulo, em Londres... não importa. O nosso vínculo é muito foda e não se romperá, nunca, que eu sei.
Estou ouvindo agorinha Nouvelle Vague cantando Teenage Kicks. Minha nova paixão, que nem é tão nova assim. Fui ao show da banda aqui em São Paulo e chorei. São uns franceses lindos que fazem versões bossa nova de um repertório pop-rock incrível dos anos 80/90. Baixa, você vai viciar.
Eu preciso arrumar meu quarto e o armário, quarta-feira Hugo e eu chegamos de Salvador com uma mala cheinha de roupas imundas que só saíram do varal hoje.

Eu te amo. E isso basta e preenche qualquer distância.
Não esquece.

Tatit.